Review: Baldur’s Gate 3 – A revolução do D&D em um universo digital

Review: Baldur’s Gate 3 – A revolução do D&D em um universo digital

Em uma indústria onde os jogos de role-playing muitas vezes parecem estar se fundindo em uma única fórmula, Baldur’s Gate 3 rompe a monotonia, se erguendo como uma colossal representação do aclamado D&D. Ao oferecer uma vasta gama de opções, o jogo não apenas expande a estrutura básica do gênero, mas também provoca a sensação de que está, de alguma forma, consciente e reativo às escolhas do jogador.

Desde o início, somos introduzidos a um mundo que presta homenagem à sua herança. Situado no cenário de Forgotten Realms de Dungeons and Dragons, Baldur’s Gate 3 vem na esteira de seus predecessores. No entanto, sua abordagem pela lente do estúdio belga Larian é notavelmente distinta. Utilizando regras da quinta edição do D&D, com sutis ajustes, este jogo oferece uma experiência tão próxima quanto possível do tabletop em um ambiente virtual. E, para aqueles que se sentem intimidados pela vastidão do D&D, o jogo gentilmente desempenha o papel de guardião, cuidando da complexidade dos cálculos.

Larian Studios
Fonte: Larian Studios

A história se desenrola com o jogador despertando em um Nautiloid, uma estranha nave aérea. A partir daí, uma intrincada tapeçaria de eventos se desenrola, com personagens ricos e mundos expansivos esperando para serem explorados. Tudo isso, misturado com a familiaridade de saques, combates e evolução de personagem que os fãs de RPG esperam.

Porém, Baldur’s Gate 3 vai além, se destacando pelo seu detalhismo e capacidade de reação. A alegação de “174 horas de cutscenes” previamente alardeada faz jus à realidade. O jogo oferece uma diversidade quase infinita de diálogos e cenas, a ponto de cada experiência se sentir única. E, como um verdadeiro testamento à sua dedicação, Larian Studios consegue incorporar uma resposta para quase todas as ações criativas que o jogador pode querer tentar.

Fonte: Larian Studios

Entretanto, essa riqueza pode, por vezes, ser sua própria desvantagem. A vastidão do jogo pode ser esmagadora, com mundos que parecem se expandir infinitamente, e locais que exigem horas de exploração meticulosa. Mas, ao invés de ver isso como uma falha, pode-se argumentar que esta é a verdadeira beleza de Baldur’s Gate 3. Ele convida os jogadores a se perderem, a explorarem e a se aventurarem em seu mundo ricamente tecido, que pulsa vida e imaginação.

Fonte: Larian Studios

Concluindo, o estúdio Larian, através de Baldur’s Gate 3, se consolida como um Mestre de Masmorra excepcional. Criando um mundo onde cada desvio e cada escolha conduzem a novas aventuras, eles mostram paixão e dedicação. Baldur’s Gate 3 não é apenas um jogo; é uma obra-prima de imaginação e engenhosidade. Está atualmente disponível para PC, com lançamentos futuros para Mac e PS5 em 6 de setembro.