Presidente da França atribui confusões a videogames

Presidente da França atribui confusões a videogames

A novidade mais recente do noticiário político é que Emmanuel Macron, o “presidentinho” da França, fez uma revelação impressionante nesta sexta-feira (30). Segundo ele, o real culpado por todos os protestos que têm bagunçado as ruas da França, não é a insatisfação popular ou questões sociopolíticas, não, senhoras e senhores! A culpa é dos videogames. Sim, aquele mesmo passatempo que você usa para relaxar depois de um dia cansativo de trabalho.

Em uma coletiva de imprensa recheada de suspense digna de um roteiro de “Call of Duty”, Macron apontou o dedo para os jogos eletrônicos e seus efeitos “intoxicantes” sobre a juventude francesa. Segundo ele, tais jogos instigam comportamentos violentos e transformam nossos inocentes gamers em manifestantes desordeiros.

Depois de três noites seguidas de distúrbios e com 875 “gamers rebeldes” presos, Macron, com seu olhar inquisitivo, fez um apelo aos pais franceses. Segundo ele, os pais precisam cumprir seu dever e manter os jovens dentro de casa, longe das ruas e mais perto dos controles de videogame – mas só se for para jogar algo pacífico, como “The Sims” ou “Stardew Valley”, imagino.

Mas não pensem que a culpa recai só sobre os videogames. Macron também lançou um olhar crítico sobre as redes sociais. TikTok, Snapchat, esses verdadeiros playgrounds digitais, segundo ele, estão ajudando a organizar as manifestações e influenciando os jovens a imitarem comportamentos violentos que veem online. Acredite se quiser, mas para o presidente francês, as hashtags viraram ferramentas de insurgência.

Então, o que vem pela frente?

Macron garante que o governo e a indústria de games farão um trabalho conjunto para resolver essa crise e restaurar a paz nas ruas francesas. Ele salientou a necessidade de remover conteúdos sensíveis das plataformas e pediu que as redes sociais cooperem com as autoridades para identificar os “instigadores de confusão” que usam essas redes para promover a violência. E aqui estamos, em um mundo onde “League of Legends” se tornou mais perigoso que a política.